terça-feira, 21 de setembro de 2010

Farol de milha e neblina: qual a diferença?

     Muitos motoristas não sabem quais são as diferenças entre os faróis de milha e os de neblina e também desconhecem a maneira correta de utilizá-los. A falta de informação pode levar ao uso incorreto da iluminação nas ruas e estradas. O uso de farol de milha no teto das picapes em zona urbana é proibido, por exemplo.
     
     Um requisito básico para o funcionamento adequado dos faróis adicionais é a regulagem apropriada da intensidade da luz. "O farol tem que passar por um padrão, tem que sair da fábrica regulado para evitar problemas. O farol de milha, por exemplo, pode ofuscar o rosto de uma pessoa caso não esteja dentro dos padrões", disse Reinaldo Nascimbeni, supervisor de serviços técnicos da Ford.

     Mas de acordo com Nascimbeni, atualmente a Ford e outras fábricas quase não têm carros com farol de milha. "O farol de milha é de longo alcance e tem o foco concentrado para que o
motorista
tenha um ganho de visão maior do que o proporcionado pelo farol alto. Os faróis de hoje, no entanto, melhoraram muito sua performance e dispensam esse auxílio", afirmou.

     Já o farol de neblina, apesar de ser opcional, é encontrado em grande parte dos carros. "Ele tem um facho baixo e bem aberto para proporcionar um ganho de luminosidade e ajudar o motorista enxergar um pouquinho mais à frente em situações de neblina", explicou Nascimbeni. "Se o motorista ligar um farol de milha na neblina, a visibilidade vai ficar horrível, um negócio branco, e ele não vai conseguir enxergar nada".



Legislação

     Segundo o inspetor Aristides Amaral Júnior, chefe do núcleo de comunicação social da Polícia Rodoviária Federal, a maior parte dos motoristas respeita a legislação e muitos que infrigem a lei o fazem por desinformação. "O tipo de infração mais comum ocorre com caminhoneiros, que colocam três faróis juntos ou então colocam o farol de milha atrás. Quando são parados pela polícia, muitos alegam não conhecer a lei", disse.

     Outro tipo de infração que, segundo o inspetor, virou moda é o uso de farol de milha no teto das picapes. "Nesse caso, os faróis de longo alcance devem estar cobertos com uma capa de plástico quando circularem na área urbana ou então estarem com o fio do interruptor desligado", afirmou. A alteração do sistema de iluminação dos automóveis é uma infração grave, segundo o artigo 230 do Código de Trânsito Brasileiro, e pode acarretar multa de R$ 127 e a retenção do veículo.

Faróis auxiliares

Farol de neblina

Farol adicional de facho largo de alta intensidade, destinado a auxiliar a iluminação à frente do veículo no caso de neblina, chuva, nuvem de pó e fumaça.

1) Os faróis de neblina podem entrar em funcionamento e serem desligados separadamente do farol convencional, da luz alta e do farolete;

2) Os faróis de neblina podem ser agrupados com outros dispositivos luminosos dianteiros: podem ser incorporados ao farol de luz alta e às lanternas dianteiras;

3) Os faróis de neblina devem ser instalados de maneira que nenhum ponto da superfície por ele iluminada fique acima do local mais alto iluminado pelo farolete. A distância do limite inferior da superfície iluminada até o solo deve ser, no mínimo, de 25 cm, com o veículo sem carga;

4) Os faróis de neblina, quando instalados, devem ser dois nas cores branca ou amarela.

Farol de milha

Farol adicional, de facho concentrado e alta intensidade, semelhante à luz alta dos faróis principais, para ajudar a iluminar, à distância, à frente do veículo.

1) Os faróis de longo alcance devem cumprir os mesmos requisitos gerais exigidos para os faróis de luz alta, como localização e visibilidade;

2) Os faróis de milha somente poderão entrar e permanecer em funcionamento quando estiverem acionados os faróis principais de luz alta;

3) A instalação dos faróis de longo alcance é opcional. Mas, quando instalados, devem ser aplicados dois de cor branca.

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